segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Sari Vermelho - Livro


Em 1965, Sonia Maino, uma estudante italiana de 19 anos, conhece em Cambridge um jovem indiano chamado Rajiv Ghandi.

Ela é filha de uma família humilde de Turim; ele pertence à estirpe mais poderosa da Índia.

É o início de uma história de amor que nem mesmo a morte será capaz de quebrar.

Por amor, a italiana abandona seu mundo e seu passado para fundir-se com seu novo país, a Índia prodigiosa que adora 20 milhões de divindades, fala oitocentos idiomas e que vota em quinhentos partidos políticos.

Sua coragem, honestidade e sua entrega acabarão transformando-a em uma deusa aos olhos de um sexto da humanidade.

Índia, 22 de maio de 1991.
Um atentado tira a vida de Rajiv Gandhi e a Índia perde seu maior protetor.

Mas a morte de Rajiv não é o fim de um amor puro que sobreviverá no coração de Sonia.

Agora, em nome desse amor e do amor que aprendeu a ter pela Índia, Sonia precisa ajudar seu povo e sua política a manter os ideais e os sonhos de uma grande nação.


O Sari Vermelho é a história verídica de uma européia que enfrentou um mundo complicado e perigoso, envolvida nas intrigas de uma família tão rejeitada quanto admirada, e nos leva a uma Índia fascinante e turbulenta, em permanente processo de mudança.
O livro é muito bem escrito e quem gosta de biografia, vai deleitar-se. E quem não gosta muito, também poderá mergulhar na história da Índia, seus deuses, suas crenças, seus hábitos.
A história da família de Nehru, pai de Indira Gandhi e sua própria história são exemplos de vida.
Quando Sonia é indicada para o cargo de Primeiro Ministro, ela diz, magistralmente: “Vim para servir ao partido e não para adquirir posição ou para ter poder e sim porque não podia me manter impassível diante da situação. Alguns colegas dizem que, por ter nascido no exterior, sou um problema para o Congresso. Nessas circunstâncias, meu senso de lealdade ao partido e meu dever para com a nação obrigam-me a apresentar minha renúncia”.
Ao final do livro, o autor retrata Sonia assim: “Ela continua sendo uma mulher muito bonita, como quando era jovem.
Mas é uma beleza que traz a marca das tragédias que a abalaram. Não só seu rosto mudou, sua linguagem corporal é diferente agora. Seu andar vigoroso, a maneira como move os ombros sob o tecido de seus saris, tudo nela lembra Indira. Sonia se tornou uma indiana até nos gestos.”
Vale a pena ler!!

Autor: Javier Moro
Editora: Planeta

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